Um país de memória curta...
...como as calças curtas que eu usava quando menino.
Isso já faz algum tempo.
Lá pelos anos 60, do século XX,
alguém responsável por conduzir a nação,
completamente sem noção,
com a seguinte frase, que não é frase e sim oração:
"FORÇAS OCULTAS ME OBRIGAM A RENUNCIAR.",
fez com que o país
entrasse no período mais violento de sua história,
mas oculta mesmo sempre esteve a verdade nesse país.
De um lado o mocinho, do outro o bandido.
De um lado o bandido, do outro o mocinho.
Sem centro, bom senso ou bom humor. Um horror!
Qual era o caminho?
Palmada ou carinho?
Eu era pequenininho, tão pequenininho,
quanto os que pensavam, pensam, sobre o que pensam,
os que pensavam e pensam nesse país.
Isso foi há muito tempo.
Já mais recentemente alguém que se autointitulava
caçador de marajás, lá das Terras das Lagoas,
de Coloridos, Calheiros,
cangaceiros e de cavaleiros,
tendo o primeiro alcançado o poder e abusou do poder,
fez pirraça, fez arruaça,
até sofrer o impeachment, o coitadinho,
quando foi castigado o menininho:
-você vai ficar sem sua merenda,
contanto que aprenda.
Mas não aprendeu nada e assim que pôde, voltou,
porque não usamos mais calças curtas,
mas a nossa memória continua curta,
e sempre permitimos que o mal volte,
quando sempre voltamos, quando votamos,
por um prato de comida ou remédio para lombrigas.
Extirpamos o câncer ou mal que o valha,
mas não damos seguimento ao tratamento.
Lamento, mas o nosso Código penal é banal,
nossa tração continua animal
e como é mau esse menino.
Como são maus esses pequeninos,
Pátria Amada Brasil!