Rio Morto
Nos olhos, a dor;
O retrato da esperança perdida
Ao ver escoar com a lama
Os sonhos de uma vida.
Hoje nossos irmãos mineiros
Amargam o fel, do homem imundo
Nem preciso ser químico
P'ra saber o quão nocivo é o mercúrio.
Rio doce moribundo
Quase no fim de sua glória
Boro, bário, chumbo
Dizimando a beleza de outrora.