"Sem problemas "

Adoremos a nossa sociedade

O nosso povo limpo e honesto

Que não permitirá a crueldade

Daquele cidadão nobre e reto

Mas somos cobertos de vaidade

Todos com a sua própria verdade

Apontando o dedo para o seu neto

Que foi seguir o exemplo do "certo"

Acorrentado pelo sistema imundo

Que não pode julgar o vagabundo

Se estiver nele vestido um terno

Veste blindada do mundo moderno

E que não tenhamos alguma piedade

Do homem que furta comida pro neto

Para sanar uma falha da sociedade

Que o inventou pobre e analfabeto

E então, como teremos dignidade?

Se apontamos o dedo para o incerto

Sendo incapaz de refletir a necessidade

Das vítimas de um mundo ao inverso

Que reflitamos com profundidade

Do pobre miserável ao rico fazendeiro

Que o defeito do mundo é a humanidade

E o problema do Brasil é o brasileiro.