A grande ilusão

As folhas secas despencam

arrependidas,

debruçando-se ao chão

esquecendo-se da última revolução.

Cai o fogo da grande multidão

e não mais se lembram

os carismáticos conquistadores

do povo

que o céu não é sempre azul

e que as folhas

vivem curtamente

nas páginas

inconsequentes do livro didático

que a história é.

Os frutos pecaram.

A voz rouca calou-se.

O sangue qualhou.

A batalha está perdida

e os corações loucos,

doidos pela vida,

confundem-se:

Vida ou capital?

Nome ou direito comum?

Caem os frutos pobres

da árvore corrompida

pela fraqueza humana:

O nome escrito na imortal consciência

da humanidade tola.

13/07/2006!