Perdidos no espaço...

...e no tempo.

O Fernando Henrique Maldoso,

o Collor, em nada colorido,

o piloto que sumiu,

indo para a "moça" que o pariu,

quando o Ulysses sucumbiu

e também o Tancredo,

nas circunstâncias em que morreu,

sem a ordem cronológica

e nem a lógica dos fatos,

pois não temos ordem e nem fatos,

somos a indústria dos boatos,

quando nada é lógico nesse país

e se um dia eu quis, não quero mais,

não creio em nada mais,

a não ser que quero e preciso sobreviver,

mas sei que para isso não posso e nem devo

depender de vocês.

Nem um por todos

e nem todos por um.

Não temos nenhum e nem ninguém

e estamos muito aquém

de qualquer possibilidade de reversão,

pois não temos a retidão necessária,

nossa população é carcerária,

dentro e fora das prisões.

É preciso haver uma reversão,

pois quem mais estudou,

teoricamente tem maior consciência

do mal que praticou,

enquanto que o leigos, os negros e os pobres,

teriam sim direito a prisão especial,

para pelo menos uma vez na vida,

se sentirem assim privilegiados

e recompensados

por uma vida de aflições.

Somos um barco a deriva,

mas não se aflija em vão

e só prepare o seu colete,

porque não há como ele não naufragar.