Vãs brasileirices

Em tuas vãs calçadas, Brasil!

de longe encontro lustrosas ossadas

Silhueta de menino pobre

com esqueleto vivo tênsil

Envolto em languidas lágrimas

Palavras soltas que despencam

ao céu da boca, entre soluços

e bocas magras, rejeitados igual praga

Nascidos do sol, sem nenhum arrebol

amadurecidos pela necessidade de amanhecer

tuas flácidas pegadas interpelam condoer

até céu te virou as costas!

Como queres que eu possa te dizer

doces palavras? A dor é irrepreensível

tu eres mais um garoto invisível,

Brasil, de um tanto se apaga.

J Carlos
Enviado por J Carlos em 24/02/2016
Código do texto: T5554105
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