Brasil: Política de Estádio

Peleiam os pobres ensandecidos

Empunhando sigla como bandeira

Dentro do estádio estão perdidos

Vão para onde o vento queira

Se de um lado o brado é forte

Da história que conta e emana

Não se apaga tudo com corte

Amnésia é burrice insana

Camisas rasgadas com esmero

Atrasam o foco de um país

Arrastam-no no chocho zero a zero

E a impunidade vence por um triz

Degladiando com mãos em afronta

No cumprimento da pré-derrota

A direita, a destra encontra

E a esquerda alcança a canhota

Mas para avançar em um sentido

Tire do estádio sua nação

E a corrupção, monstro temido

Extirpada será com sua ação

Vai doer matar o "jeitinho" diário

Eviscerar-se em frente ao espelho

Ver no seu cotidiano, o noticiário

Descobrir que estava de joelho

Ao vestir do país a camisa com raça

Responda de espírito levantado:

Qual a mão que você entrelaça

Quando resolve andar lado a lado?

Aline von Bahten
Enviado por Aline von Bahten em 05/03/2016
Código do texto: T5564622
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