Nois inverga mais num quebra

Deram as costas para a nossa educação,

para a nossa saúde, na plenitude do século XXI,

quando nossas virtudes foram esquecidas,

após o pai perder o Pátrio-Poder

e a mãe se tornar apenas a parideira.

Pode parecer besteira,

mas como é grave a gravidez.

Ajudei no que pude ao meu velho pai,

mas se exigir o mesmo do meu filho,

serei enquadrado num dos artigos do ECA,

cuja meleca escorre pelo nariz

e transformá-lo num menor aprendiz,

não depende mais de mim.

Então o que sou e o que somos?

Somamos mas não acrescentamos,

lutamos, vencemos, mas não levamos,

pois vocês mandam em tudo

e até no absurdo de estar escrevendo este poema.

É uma pena, pois o país é tão lindo,

nosso povo é tão pacífico,

mas vocês escondem o analfabetismo

dentro de uma BOLSA,

estabelecem o valor pelo número de filhos,

incentivam a superpopulação

e depois largam de mão.

Pais não podem mais castigar

e as professoras, coitadas,

se usarem a palmatória,

serão espancadas até mesmo antes do intervalo

ou até mesmo antes do recreio,

por meninos sem pais,

pois são filhos do ESTADO,

completamente errado,

quando só nos dá a oportunidade de votar

e fica com o poder de manipular,

direta ou indiretamente,

quando mentem, antes, durante e depois

e mentir já foi coisa feia,

enquanto o sangue nas nossas veias,

é mantido a base do feijão com arroz

e agradeçamos por ainda ter isso,

mas quem sabe na minha utopia,

quiçá um dia,

a LAVA JATO não leve a lama,

de Mariana, que deixou moribundo

o meu saudoso e querido Rio Doce,

de doces e saudáveis lembranças,

de quando criança

e de uma infância sem drogas e sem armas

e da influência de quem

não tem bons exemplos a dar.