FRÁGIL

Quando o pensamento é ignorado

refugio-me das facas

com o cordão umbilical

enrolado no pescoço, bem apertado.

Nasci sem provar sangue

mas já com o seu sabor.

Bem presente da fragilidade

da vida atrofiante dos sentidos

que me levaram a chegar a ela.

Viciado num calmo tumulto

careço de poder e fortuna

mas não de imaginação,

vigilante do meu constante fervilhar.

Continuo a tentar gritar

enquanto a sociedade aperta...

Daniel Delgado
Enviado por Daniel Delgado em 21/07/2007
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