Poema do absurdo

minha velha e nada doce futilidade

de bares em bares foi-se a vida

o que me cresce é a saudade

de toda a lembrança que foi perdida

abusado, todo atirado

quem somos nós?

doces bárbaros jogados

criando um ilusório algoz

limites são bem vindos

quando a clareza se embaça

pare de se jogar aos véus rasgados

já não enxergas a própria traça?

Lamento e digo com acidez

já é dia, e estou centrado

a lúcida luz do dia

ou a escura noite em claro?

Felipe Alexandrino
Enviado por Felipe Alexandrino em 25/07/2007
Código do texto: T578790
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