Ainda estamos vivos!
Soldados marchavam na avenida:
ainda assim, protestamos!
A censura riscou todos os versos:
ainda assim, cantamos!
Acorrentaram os sonhos, torturaram os corpos,
e sobrevivemos!
Finalmente, foi um outro dia:
a janela se abriu
e o povo aplaudiu.
Mas, outra vez, garganta secou,
a voz se calou,
esperança apagou.
Cuidado! Escute! O peito ainda ensaia o urro final:
- Apesar de vocês, estamos vivos! Avançaremos!