Ainda estamos vivos!

Soldados marchavam na avenida:

ainda assim, protestamos!

A censura riscou todos os versos:

ainda assim, cantamos!

Acorrentaram os sonhos, torturaram os corpos,

e sobrevivemos!

Finalmente, foi um outro dia:

a janela se abriu

e o povo aplaudiu.

Mas, outra vez, garganta secou,

a voz se calou,

esperança apagou.

Cuidado! Escute! O peito ainda ensaia o urro final:

- Apesar de vocês, estamos vivos! Avançaremos!

vitória Paterna
Enviado por vitória Paterna em 25/07/2007
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