INOCENTES





Homens!... Míseros homens...
Não recortem à navalhadas
Os rebentos das paridas
Que habitam nas sarjetas,
Que vivem de farrapos
E suor sofrido.
Não os ornamentem com moscas.

Homens!... Míseros homens...
Não os recomendem aos calabouços...
Aos prostíbulos, lugares onde o fedor
E pragas se batem,
Não lancem fogo... Pedras... Desafetos...
Pois são humanos...
De carne e sentimentos
Gente feito de gente.


23-07-07