BANCO DE PRAÇA ( do livro "poemas urbanos e outros planos" )
Na manhã, és do atleta
Que descansa da corrida
E em ti, pela dieta
Deixa restos de comida
No almoço, és do empregado
Em minutos de sossego
Que ao sair alvoroçado
Deixa restos de emprego
És do casal na tarde
Em iniciação
Pelo amor que muito arde
Deixa restos de tesão
Pela noite, és do mendigo
Por não ter uma residência
Encontrando em ti abrigo
Deixa restos de decência.