BANCO DE PRAÇA ( do livro "poemas urbanos e outros planos" )

Na manhã, és do atleta

Que descansa da corrida

E em ti, pela dieta

Deixa restos de comida

No almoço, és do empregado

Em minutos de sossego

Que ao sair alvoroçado

Deixa restos de emprego

És do casal na tarde

Em iniciação

Pelo amor que muito arde

Deixa restos de tesão

Pela noite, és do mendigo

Por não ter uma residência

Encontrando em ti abrigo

Deixa restos de decência.

Carlos Felipe Sarmento
Enviado por Carlos Felipe Sarmento em 05/05/2017
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