Matar as Horas

Emanam lá fora outros títulos, o estado experimental. Um artigo na primeira página assalta as futilidades prévias, escandaliza tua breguice neutra.

Os metais espalhados ao chão, a felicidade revelada em números impressos, outra face eternizada numa quatro por quatro, uma assinatura, promessa de notas em felicidade.

Um ser habitando qualquer espaço, o fluído rubro coagulando nas pupilas. A unha suja prendia uma bolsa, na bolsa havia um revólver, no revólver não havia balas.

A munição eram verbos, a alucinação de pés enterrados na estrada, o crime era mentira. Um efeito subordinava os males... As unhas eram limpas, prendiam uma bolsa, em punho levava um revólver já descarregado em outras cabeças, implorando pela ilusão de um crime.

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 09/08/2007
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