a cor do som
não peço pra que leiam o que escrevo
receio que não é pra pedir
o doce que enobrece o recheio
não é qualquer um pra engulir
as contas do colar quando dizem
a gente tem que acreditar
gaveta onde não para a fuligem
não tinha nada pra se guardar
a madrugada esconde a verdade
a cama sonha com a comunhão
a cor do som é a do passarinho
a cor da vida não tem idade
à força às vezes falta expressão
mas nunca pra negar um carinho