Cara Pálida

As selvagens florestas da América

Imponentes na glória de seu verdor,

Das densas e antigas matas de Manitu

Onde caçavam guerreiros de grande valor,

Hoje devastadas pelos homens pálidos

Que há séculos fingiram sentimentos cálidos

Para com os nativos desta terra varonil.

Mesmo misturando seu sangue estrangeiro

Com as belas nativas do povo guerreiro,

Massacraram índios sem dó com seu ardil.

Cara pálida da Europa, vindo em seu navio

Achou ser dono desta bela e rica terra.

E para isso matava a sangue frio,

As tribos ergueram a machadinha de guerra

Na defesa do lugar que por direito era seu,

Mas nas mãos do branco, o índio feneceu.

As terras mais férteis já não eram mais suas

Sua caça e comida logo desapareceu,

Enquanto o cara pálida enriqueceu

Ao longo de muitas e muitas luas.

Foram jogados em algumas reservas

Onde não mais podia ir caçar.

E se um índio matasse um branco,

Era motivo pra uma tribo inteira massacrar.

Só não foram totalmente escravizados

Por serem selvagens e indomados

Preferindo a morte de frente encarar.

Manchando sua própria terra de sangue

Ouvindo o trovão infernal do bangue-bangue,

Matando quem só queria a liberdade encontrar.

Não demorou para os negros entrarem na lista

Dos que se diziam de uma raça superior.

Se achavam mais inteligentes e cultos,

Mas o que sabiam mesmo era tocar o terror.

Seja numa tribo ou numa senzala,

O sangue de muitos inocentes resvala

Por aquele que veio da civilização erudita.

Achando ser dono do “novo mundo”

Dizendo ter Deus por “ele” amor profundo,

Enquanto índios e negros era raça maldita.

Autor (Gilberlandio Francisco – 27/11/2016)

Gilberlandio Francisco
Enviado por Gilberlandio Francisco em 20/05/2017
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