FIGURA ABSTRACTA

No explanar da palavra

Deito dedos na terra,

Sou o agricultor sem instrução

Mas que da vida colheu só

As melhores sementes.

No grito das mãos nodosas,

É que canto o canto da terra

E a sementeira em flor,

Que germinou

Da raiz mais profunda.

Irrigo a semente uma e outra vez,

Minhas mãos, meu dedos

Perscrutam a terra,

E no alvorecer de um novo dia

Colho o fruto, prenhe de vida.

Jorge Humberto

10/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/08/2007
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