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O LOUCO
 


Há um louco, lá na praça,
a nos pedir atenção,
e, se o povo lhe dá trela,
pode haver revolução.
 

Esse louco idealista
tem sonhos fenomenais;
dele falam mexericos,
pois que sejamos iguais.
 

O povo o chama poeta,
os jornais não acham, não,
porque sua fala e versos
pregam do povo união.
 

Onde se viu louco assim,
munido de sensatez,
a cobrar a voz do povo
e de todos sua vez?
 

«É populista, na certa»,
diz um pobre de direita,
mas quem ouviu o poeta
sabe lhe fazem desfeita.
 

Um louco, o visionário,
louco será toda vez
que bem mude, no possível,
o impossível de um burguês.
 

um louco, ali, na praça,
de sensatez embalado,
que exige união do povo
e que marche lado a lado.

 

Fort., 05/08/2017.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/08/2017
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