Realidade Amarga
Caminhando pela cidade
Pessoas andam, vão e vêm
Passam carros, bicicletas, animais.
Na rua não tem gênero, nem idade.
Pessoas confusas não reparam ninguém
Vão e voltam
Andam preocupadas
São todos reféns.
Reféns do próprio ser
Querem tudo, sem nada fazer;
Querem saúde e comem mal,
Querem segurança andando armados,
Andam matando e querendo viver.
Todos são vistos pelo que tem,
Tendo muito, sou bem tratado;
Tendo pouco não sou ninguém.
Fazendo uma conta dar para saber
Tem muita gente roubando tudo,
E deixando pessoas sem comer.
É um mal que afeta a população
Pessoas sem nada na mesa,
E os políticos aumentando a inflação.
Tem milhões em suas contas no exterior,
E pra resolver um pouco do futuro,
Só basta educação.
Não temos médicos,
Hospitais, nem animação;
Estão nos roubando tudo,
Tirando as escolas, nos roubando a razão.
Só se tem opinião
Aquele que estuda,
Estão tirando e privatizando tudo,
Em vez de falarmos,
A população estar muda.
Ninguém tem voz, ninguém fala nada.
Enquanto escrevo: morre crianças,
Morre idosos, fecham escolas;
Tudo esta uma grande desgraça.
Uma Des-graça,
Isso mesmo, somos um povo sorridente,
Sem nada para fazer, e sem alguma graça para sorrir.
Sorrisos sem dentes
Povo sofrido
Povo descontente.
Somo o país das melhores comidas,
Até a receita da fome nos temos,
Pois é a mais consumida.
Este prato está na maioria das casas,
Os sem voz degustam esse prato com sabor amargo,
Somos todos
Não sou só eu
Não e só você.
O governo afeta todos,
E os que mais sofrem
São aqueles que ninguém quer ver — os pobres!