Corriqueiro
Daqui pra lá são oito horas
Eu não consigo nem pensar
Não sei viver o aqui e o agora
Pode doer mas é a verdade
Amarrado na condução
Os coletivos, nossas latas
Navios negreiros rumo a dor
O tempo vai e vem
E me diz que está na hora de gritar
E já sem garganta, sofro
E agradeço por trabalhar
Quanto tempo mais iremos perder?
Por quantas migalhas, sobras e restos
Vamos nos vender?
Nessa estrutura desumana que me faz chorar
Saiba, viver é bem mais
Bem mais que respirar