Viver no campo,ser camponês.

Acordo cedo, no opaco da madrugada,

Os pássaros cantam anunciando a alvorada.

Ligo o rádio,deito na cama,

Ouço modas de viola,

Matutando,pedindo ao senhor,

Um novo dia de vitória.

Preparo minhas ferramentas,

Enxada,foice e facão,

E caminho pela estrada,

Vou cuidar da plantação.

O crepúsculo do sol,tímido,

Bem pertinho do horizonte,

É o panorama inspirador,

Desse homem caminhante.

Meu legado é plantar e colher,

Meu legado é no campo viver,

Meu legado e resistir éden,

E não deixá-lo morrer.

É ver no campo e na cidade,

Harmonia prevalecer,

E os jovens do campo,

No campo permanecer!

Mesmo no anonimato,

Produzo milho, arroz e feijão,

Quero soberania alimentar,

Para o povo cidadão.

Na cidade me chamam de matuto,

Mas não os culpo,

O sistema capitalista,

Que ver o camponês deixar

O campo em absoluto.

Querem me expulsar da minha terra,

Terra querida e amada,

Só saio morto!

É guerra?!

Está decretada!

Povo brasileiro que vive na cidade,

Essa é minha realidade,

Só quero que me reconheçam,

Para o sonho se realizar,

E produzir com liberdade.

Minhas mãos calejadas,

Minha pele queimada,

Não são barreiras na minha jornada,

Pois meu sonho se realizada,

Com a semente germinada.

Ouçam esse povo sofredor e clamante,

E se juntem a nós, na luta,

Que é quase incessante.

Permanência do homem no campo,

Cultivando as raízes camponesas,

Valorizando a vida,

Preservando a natureza.

Joilson Nascimento Junior
Enviado por Joilson Nascimento Junior em 04/09/2017
Código do texto: T6104500
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