E DEPOIS?
E DEPOIS?
Não é raro fazermos essa pergunta: E depois, o que faço?
É uma constante variável...
Constante porque está presente, sempre!
Variável porque não limitar a apenas um fato.
E quando agirmos impensadamente,
Quando quebramos tabus, rotinas, normas,
Perguntamos: E depois?
Quando aceitamos as coisas como elas são, sem questionar,
Sem nos preocuparmos, vem ela outra vez: E depois?
Quando não conciliamos o sono,
E a insônia é nossa única companheira até vê os primeiros raios do sol surgir
Agitados por um problema ou uma decisão...
E depois?
Depois da minha decisão o que faço?
Depois do amor o que dizer?
Depois do beijo como fingir?
Depois do almoço, porque não dormir?
Depois da solidão, o que sentir?
Depois da saudade o que há de vir?
Depois da mentira, pra quê sorrir?
Depois da partida, pra quê voltar?
Depois da ferida, volto a amar?
Depois da pergunta sem resposta, volto a insistir?
E depois? Depois é amanhã, é incerteza.
Depois de encontrar uma maleta com duzentos mil ser premiado com cento e dez...
E se você soubesse que tudo era somente um sonho, você não dormiria mais?
E depois?
Se soubéssemos o que aconteceria depois não haveria o agora,
Porque o agora é o que importa, o resto deixa pra depois...
Martiniana Gomes Ferreira
04/08/2005 – 23:26