A meu ver

Não ouço, nem vejo nada

Pois tudo é falso e maléfico à minha visão

O que ouço e o que vejo não são nada

Pois, tudo faz parte de um gigantesco esquema de manipulação

Num mundo em que a mídia aliena a sociedade

Acho que luto por um caso perdido

O que será que me faz pensar que posso dizer a verdade?

Já que estou cercado por espectadores seduzidos...

Compre, vista, use, beba coma, vá...

Caia na mentira sem limite

Está tudo lá...

Dentro daquela droga que você assiste

Não existe ninguém burro

Existem apenas pessoas iludidas por verdades infundadas

E que por isso tem um modo de pensar imaturo

Apenas por serem mal informadas

Não existem pessoas más

Existem pessoas enganadas por valores inúteis

Que as fazem andar para trás

E se preocupar com coisas fúteis

É triste pensar que aqueles homens considerados santos

Na maioria das vezes são piores que demônios

Pois, nos convencem com suas palavras, pregações e cantos

Mas, estão de olho é em nosso patrimônio

É triste ver que a muralha da nossa esperança

Às vezes não é forte o suficiente para suportar ver...

Apenas promessas e nenhuma mudança

Na conduta do poder

O mal do homem não é o diabo que o tenta e o faz errar

Ele tem a sua parcela de culpa, mas, cada caso é um caso

Na maioria das vezes é o homem que joga sua honra na lama e se deixa se sujar

Provando do prazer que é um temporário prato amargo

Acho que ainda há tempo pra limpar toda essa sujeira

E se salvar das conseqüências futuras

Causadas por imensas besteiras

Com repercussões duras

Vejo que tudo está a um passo do imprevisível

Pois, infelizmente tudo pode acontecer

Apesar de essa loucura ser tão visível

A coisa está difícil a meu ver.

Antônio Drummond de Moraes

Antônio Drummond de Moraes
Enviado por Antônio Drummond de Moraes em 20/08/2007
Código do texto: T615836