A meu ver
Não ouço, nem vejo nada
Pois tudo é falso e maléfico à minha visão
O que ouço e o que vejo não são nada
Pois, tudo faz parte de um gigantesco esquema de manipulação
Num mundo em que a mídia aliena a sociedade
Acho que luto por um caso perdido
O que será que me faz pensar que posso dizer a verdade?
Já que estou cercado por espectadores seduzidos...
Compre, vista, use, beba coma, vá...
Caia na mentira sem limite
Está tudo lá...
Dentro daquela droga que você assiste
Não existe ninguém burro
Existem apenas pessoas iludidas por verdades infundadas
E que por isso tem um modo de pensar imaturo
Apenas por serem mal informadas
Não existem pessoas más
Existem pessoas enganadas por valores inúteis
Que as fazem andar para trás
E se preocupar com coisas fúteis
É triste pensar que aqueles homens considerados santos
Na maioria das vezes são piores que demônios
Pois, nos convencem com suas palavras, pregações e cantos
Mas, estão de olho é em nosso patrimônio
É triste ver que a muralha da nossa esperança
Às vezes não é forte o suficiente para suportar ver...
Apenas promessas e nenhuma mudança
Na conduta do poder
O mal do homem não é o diabo que o tenta e o faz errar
Ele tem a sua parcela de culpa, mas, cada caso é um caso
Na maioria das vezes é o homem que joga sua honra na lama e se deixa se sujar
Provando do prazer que é um temporário prato amargo
Acho que ainda há tempo pra limpar toda essa sujeira
E se salvar das conseqüências futuras
Causadas por imensas besteiras
Com repercussões duras
Vejo que tudo está a um passo do imprevisível
Pois, infelizmente tudo pode acontecer
Apesar de essa loucura ser tão visível
A coisa está difícil a meu ver.
Antônio Drummond de Moraes