Locomotiva da desigualdade

Cadê meu pão
Cadê meu pão
Cadê meu pão
O rato roubou

Cadê meu irmão
Cadê meu irmão
Cadê meu irmão
O pistoleiro matou

Cadê meu chão
Cadê meu chão
Cadê meu chão
O latifundiário pegou

Cadê meu violão
Cadê meu violão
Cadê meu violão
A censura confiscou

Cadê minha voz
Cadê minha voz
Cadê minha voz
O autoritário calou

Cadê meu perdão
Cadê meu perdão
Cadê meu perdão
O covarde negou

Cadê meu coração
Cadê meu coração
Cadê meu coração
Um desalmado arrancou

Cadê minha democracia
Cadê minha democracia
Cadê minha democracia
Um golpista sabotou

Cadê a justiça
Cadê a justiça
Cadê a justiça
Um juiz violou

Cadê a ética
Cadê a ética
Cadê a ética
O cidadão não tem

Cadê a liberdade
Cadê a liberdade
Cadê a liberdade
A sociedade não tem

Cadê a igualdade
Cadê a igualdade
Cadê a igualdade
A locomotiva da desigualdade não quer
Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 05/01/2018
Reeditado em 18/04/2018
Código do texto: T6217959
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