Do chão

o chão batido pela bravura

das mãos e dos pés.

ficam sempre à espera

dos quereres sapateados

e cobertos de cinza e cal.

sempre além

não se importam

com o tempo cheio

de vento, nuvens

e promessas.

retas desaparecem no azul

chegam nas curvas do sol.

sombras contornam

as cidades cheias

de gente

num dia aberto

seguem as estradas

do sonho final.

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 06/01/2018
Reeditado em 07/01/2018
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