MENDIGO
Infelizes ruas abandonadas que vos abriga
Coração frio e sofrido que se acostuma
Panos velhos, esperança envelhecida
Migalhas jogadas, indiferenças...
Que pobre vida!
Valorizas a insignificância, que são muitas,
Muitas aos olhos de poucos que não vivem
Sofres o mal da solidão, da intolerância
Dos que vos repudiam e mal o dizem.
Mendigas o pão, catas as poucas e sujas moedas
As mesmas que ao desprezo são jogadas
Na amargura de lugares frios
Encontras refúgios as tempestades
Traiçoeiras, isoladas.
Descobres o outo em calçadas
Rubis em tijolos, diamantes em lixos
Alegra-te com os esquecidos
Destinas em estradas...
Pobre mendigo!