Parlamentares

Espasmos nas mãos de velhos desafetos

Há um suor solene descendo em suas têmporas

Por que devo minha vida à estranhos?

Porque o sol daqui brilha mais forte

O velho espírito da verdade regressa ao solo

As câmeras requisitam sua presença

Uma nova piada será contada

Que idioma é esse que ousa questionar nossas vidas imundas?

Quem tem a razão é quem propaga a ignorância

Quando se é comprada a satisfação e a indignação evapora

A impunidade é uma questão de cálculos

Toda essa elegância é uma reinterpretação do pudor

Se eles soubessem ler meu silêncio, saberiam...

Sou um mercenário requisitado por mim mesmo

Ninguém vê o topo porque destruímos todos os mapas

Não há melhor caminho que não seja aquele que escolhemos

Quem escuta a marcha e a queda do último fruto

Não deve sentir medo

Se sabe conduzir todos a um forte grau de miopia

Novos alicerces em palácios condenados

Uma nova tendência é a esmola do momento

Quem decide a positividade no cara ou coroa

Entretém nossa ampla vaidade

Um pouco de paixão torna a esperança um exercício

E quando todos notarem que nunca dará resultados

Já estaremos terminando de esvaziar o que sobrou de suas mentes