Em nome de
Canto a ira dos que sofrem atrozes
Choro a alegria dos poderosos algozes
Clamo ao Universo um instante bondoso
do mundo soberbo infame majestoso
onde temos gentes ignoradas desesperadas
sofridas carentes, vivendo para o nada
desrespeitadas
Que imagem terrível se afronta e se revela
de crianças que a história não sabe nem conta
de mulheres esquecidas com olhares sem rosto
sem viver o prazer da liberdade
Pobres homens insurgentes! opostos às forças dirigentes
vítimas de insanas virtudes catastróficas hegemônicas
indolentes personagens de rebeldias históricas
simples figurantes de um melodrama de poder
medíocre participante a se perder
vidas que não sabem por quê estão assim... se estão
...se entregam à uma absurda convicção divina
exigindo um homem afinal, que se revela descontente
desigual ao resto de seu sonho latente
e que quer gozar paz com guerra?
Fadado a se perder de sua Terra?
Em nome de quem? Do quê?