A culpa do inocente

Vou soltar pipa na esquina

Sem nenhuma malícia.

Vou ver minha mina

Dou de cara com a polícia.

Nem a boca eu abro

Já estou no camburão.

Do que estou sendo acusado?

Não me avisaram, não.

Sou moleque negro

Sou moleque pobre

Sou filho de preto

E em nada eu sou nobre.

Como eu queria que um dia

Essa história fosse ficção

Minha alegria seria

Ver nossa união

E anunciar que o racismo

Não cabe em nossa nação.

Saiam da minha frente,

Pois eu preciso falar

O que você não entende,

Negro também é gente

E também sabe amar

Nilson Rutizat
Enviado por Nilson Rutizat em 06/06/2018
Código do texto: T6356785
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