A NÓDOA

Não há solução

para o tamanho de coisas,

mas a gente finge que tem.

Para castelos de quimeras que caem,

para falsos assovios e alardes

de esquina. Para fofocas,

maledicências, intenções sujas, escusas.

Para esta nódoa impermeável entre

as mentes e os crânios e os diálogos

não há solução.

Mas prosseguimos, mesmo aos ataques

de objetos tão vários,

-- sequer sabendo-os, sequer por nós criados!

Fingindo que há.

Fernando Munhoz
Enviado por Fernando Munhoz em 14/08/2018
Código do texto: T6419031
Classificação de conteúdo: seguro