A NÓDOA
Não há solução
para o tamanho de coisas,
mas a gente finge que tem.
Para castelos de quimeras que caem,
para falsos assovios e alardes
de esquina. Para fofocas,
maledicências, intenções sujas, escusas.
Para esta nódoa impermeável entre
as mentes e os crânios e os diálogos
não há solução.
Mas prosseguimos, mesmo aos ataques
de objetos tão vários,
-- sequer sabendo-os, sequer por nós criados!
Fingindo que há.