Paralítica Política
Da essência do povo o líder aflora
Convergindo em si mesmo o desejo do todo,
Ilude o presente escapando ao agora,
Na esperteza vilã, na arte do engodo...
Enganando o povo, faz do velho o novo,
À cruel sedução da intensa vontade,
Da ardente esperança de que haja esperança,
Ingenuidade sincera, uma tola quimera...
Eis aí a paralítica política...
Eis o nosso legado de honestidade e moral,
Eis o nosso pecado de ingenuidade fatal!
Miséria, pobreza, num povo cego e enfermo...
Saúde e riqueza, a corrupção do governo...
E o povo morrendo... talvez aprendendo...