Neruda da Argentina

Por cima do cavalo
A Cordilheira dos Andes subo e sinto
Batalhões de covardes me perseguem
Lutei pela liberdade do Chile
Oprimida pelo chumbo e a gravata

Ninguém deterá meu pensamento
E nem calará minha voz
Resisto a contradição da escuridão
Uma flor fazendo primavera
Destino a mim concedido
A escrever latinidades com a flor da palavra

Passo a passo cavalgando
A Cordilheira dos Andes vou vencendo
Barco de quatro patas me navega
Livre pelas montanhas
O poeta vence o chumbo e chega na Argentina

Ninguém deterá a primavera
E nem destruirá a flor
Remo contra a maré autoritária 
Uma poema meu matou o chumbo
Destino inexoravelmente escrito
Alcançado pelos meus sentimentos e palavras


 
Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 18/02/2019
Reeditado em 08/04/2019
Código do texto: T6578314
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