CHORO CHORINHO (POESIA)

CHORO CHORINHO (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Surgindo antes dos meados do século XIX, a redenção,

Pelos acordes as notas intercaladas a rapidez da letra a música pela criação,

Como seguimento de características do lundu como canção,

De um Brasileirinho bem tocadinho é de muita apreciação.

Dos primeiros grupos de choros surgidos nas biroscas ou barracas do Rio de Janeiro,

Muitos da Cidade Nova ouvido ao longe pelos instrumentos de cordas, sopros e pandeiros,

Terrenos habitados por onde reuniam os grupos seresteiros,

Quadrilhas, polcas, tangos, maxixes, xotes, e marchas dos festeiros.

Flautas, violão de 07 cordas, violão, bandolim, pandeiro e o cavaquinho,

Trombone, saxofone, clarinete ou um chocalhinho,

Dos salões das altas classes da nossa monarquia com rodas a caminho;

Das letras escritas pelos papéis no que há muito tempo atrás era nos pergaminhos.

O flautista Joaquim Antônio da Silva Calado, em seus redutos como de botequins,

Os pianistas Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga que enfim,

Com o maestro Anacleto Medeiros tocaram tudo de bom como que pouco de ruim,

Tico Tico no fubá de Zequinha de Abreu, por seu amor que nunca teve fim.

Patapio Silva foi das primeiras gravações fotográficas a continuação,

Viriato figueira foi muito mais que uma composta integração,

Da flauta de Agenor Bens as suas importantes participações,

Luíz Americano, do Trio Carioca com Radamés Gnattali as combinações.

Severino Araújo, Waldir Azevedo a este acervo se fez acrescentar,

Carmen Miranda foi das mais conceituadas a este gênero a divulgar,

Jacob do Bandolim e Garoto a que a este repertório fez a agradar,

Pixinguinha dos mais populares artistas deste gênero a consolidar.

Do grupos formados faz de remanescentes complementações,

Muitos outros participantes representantes é a incorporação,

Das mais belas cantigas como documento de lindas canções,

Que no Brasil fez a sua endêmica complementação.

Do Corta Jaca das bandas das praças as suas perfeições,

Lua Branca é uma das mais referendadas composições,

Carinhoso que ao amor vívido propõe a sua protagonizada menções,

É o choro ou chorinho Brasileirinho as vértices de suas execuções.

Dos passos catedráticos dos casais dançantes infantes paqueradores…

Dos primeiros ou principais compositores como articuladores,

Dos escravos lacaios dos seus donos senhores,

Da Europa vindoura dos seus povos colonizadores ou conquistadores.

Dos requintes, lotes ou barracas urbanas a requisitar,

De uma cidade nova como de pouco a se formar;

Ritmos que se formam pelo hibridismo a realizar,

Uma nova procriação pelo novo cenário a pormenorizar.

O choro ou Chorinho faz como uma altar a tocar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 20/02/2019
Reeditado em 11/03/2019
Código do texto: T6579787
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