À bandeira
À bandeira juro lealdade
Mesmo nos mais atrozes crimes
De corrupção.
À bandeira juro amor
Perante os deuses da hipocrisia
Os vermes do corpo putrefato
Que jaz ao solo com tanta agonia.
À bandeira acendo vela
Faço sentinela
Mas me ponho a chorar todos os dias.
Não somente à bandeira é que repito
Repito aos homens de branco:
Olhem pela bandeira, pela pátria que os pariu
-Uma mãe que se destruiu
Ao por um filho sem pai pelo mundo-.
Vai, bandeira, trêmula com os ventos
Os ventos que sopram só para ti
Sois livre ao sol e chuva
Que nas manhãs renasce e
Nas noites mais escuras encontra esperança.
Sente que na paz há mãos
que te balançam sem ideologia.
Sente que nas lutas tuas mãos seguram esse povo
Sedentos de compaixão.
À bandeira sempre haverá outro dia…
Outros dias…