NO BANCO TRASEIRO
 
Essa velocidade que rasga o vento
A alternância de floresta e deserto
Dentro do homem de dentes amolados
E eu no banco traseiro da vida
 
Um constante atracar e desatracar
No eterno porto da ignorância
Falta alguma estrela no nosso céu
E eu no banco traseiro da vida
 
Quando tudo se rompe no asfalto
A flor mais singela está violada
E teus olhos sangrando no escuro
Eu só ouço os susssurros da noite
 
Essa vontade de abraçar o planeta
Amassar o concreto contra o peito
Sentir que a morte roça os pelos
Lambendo a pele na carícia vital
 
Entro para a liberdade
A
L
M
E
J
A
D
A
Em cada busca por um suspiro
Os pulmões se enchem de maldade
 
E eu de mãos
A
L
G
E
M
A
D
A
S
 No banco traseiro da vida
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 13/06/2019
Reeditado em 13/06/2019
Código do texto: T6672176
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