Caminhada entre o certo e o errado
Sinto o ar em brisa suave e gélida,
Umidade do relento coberto por céu luminoso,
Das estrelas que se ofuscam com as luzes da cidade,
Como é bela noite de sons e de violência,
Na boemia expulsar alguém do bar era o auge,
Hoje é vergonha pra quem o faz e pra quem é jogado,
Adentro cada vez mais neste mundo de ilusão,
Beleza que apresenta... só disfarce sedutor,
Como a bela dama em agitada casa noturna,
Será que ela está se divertindo ou somente "trabalhando",
Quem sabe... Moça de família não é a mesma de ontem,
Ou a mesma que vi pela manhã na faculdade,
Metamorfose estranha e lógica pelo colorido do poder de ostentação,
A qual todos querem para se divertir, brincar, zoar ou desejar,
Mas dizem que não traz felicidade,
Mas atualmente até isso se compra,
ouve-se estalos ao longe e ninguém reage,
Se assusta, mas isso é normal, e isso interessa,
Não sou eu mesmo que vou sangrar até morrer,
incerta noite a que andamos, porém, gostamos,
Perambulando indefinidamente,
Nada do que é parece,
E algumas vezes é o que parece,
Ironia, depende do ponto de vista,
Não serei um mártir e nem um prisioneiro,
Mas perante a noite prisioneiro sou dela, pois, dela não escapo,
E nem ninguém e de sustos e alegrias ela se divide,
Mesmice tem, mas sempre uma surpresa inesperada que nunca se repete,
Respira e adentra é o melhor a se fazer,
ou prisioneiro do dia e de meu lar eu serei... e nunca serei...