Trabalho Escravo

A cada passo que dou neste asfalto

Embaixo de um sol abrasador

Percebo que sou pisado e humilhado

Porque sou trabalhador.

Mais ao mesmo tempo em que empurro os carrinhos

Tenho uma arma em minhas mãos

Elas são meu conhecimento, uma caneta e um pedaço de papelão.

Com isso posso detalhar a minha triste rotina

E expressar toda a minha dor

Por doar o meu suor

E ninguém reconhecer o meu valor.

Mais um dia vou mudar essa minha realidade absurda

E a minha chefia não vou agradecer

Pois essa cambada de filhos da puta

Têm é que todo mundo se fuder.