Os padrões alheios
Ah! As convenções!
O quê, de fato, elas representam em minha reles vida?
Quem sou eu, dentro desses padrões tão milimetricamente arranjados por alguns inquisidores?
Eu sou boa o bastante para você? E o que isso mudaria afinal?
Se eu me considero boa o bastante para mim, que sorte a minha!
Apenas isso me bastaria, não é mesmo?
É o que dizem por aí...
Se ame primeiro, mulher!
Se valorize mais!
Nas ruas, no marketing, na boca das pessoas que querem o nosso bem.
Mas, de forma prática, o que realmente nos é dito quando decidimos nos amar primeiro?
-Tenta mais uma vez, se não você vai morrer sozinha!
-Nossa, que bom que você tem um homem desses!
-Vai deixa-lo escapar?
Enquanto eu respiro, fugindo de quem ousa tentar consertar a vida que eu considero boa para mim, eu penso sobre quem eu sou, de verdade: uma mulher com um amplo sorriso no rosto, olhos brilhantes e mil motivos para acreditar estar vivendo o que é preciso e necessário para um caloroso encontro comigo.