O GRITO DAS MASSAS
Há um berro...
No meio dos sinais
No meio dos hospitais
No meio dos cogitais.
Há um brado...
No meio da Cracolândia,
No tráfico de mulheres
Na lista de espera SUS
Há um grito
Escondido n’alma
Que afugenta
A aventura
Há um bramido
Na gente sofrida
Na paixão proibida
Na lágrima esquecida
Há um grito forte,
No meio da morte
Há um grito invisível
Da tribo humilhada
Da tribo massacrada
Das terras perdidas
Há um grito afrodescendente
KALUNGA
Implorando por aceitação pessoal
Implorando por inclusão social
Há um grito dos vulneráveis
Abaixo da linha da pobreza
Segregado de toda riqueza
Há um grito...!