GRITOS DO PELOURINHO
Nas pedras batidas do Pelourinho
sinto a energia de minhas ancestrais
o grito de socorro e desespero
As dores das chibatadas ainda ardem...
o sangue do estupro ainda jorra
nada foi reparado...
nada foi vingado a altura daquele crime
ao pisar nas pedras desniveladas do Pelourinho
também ouço...
o grito de Liberdade para os que foram
e aos que ficaram
o grito de justiça
de emancipação que demora a chegar
as violências na cessaram...
apenas mudaram seu aspecto...
uma metodologia sofisticada
velada...
executando a Democracia da Branquitude
Ela pensa que me ilude
Acha que não sei o que faz com Negritude?
Mas pode se preparar
Não permanecerá no mesmo lugar!