POLÍCIA, JUIZ E CARRASCO

Sou policial. Meu dever é prender bandido

Se eles estrebucham e não desembucham

Onde está o roubado, dou-lhes murro no umbigo

Não se deve ter dó de quem não tem coração

Eles são brutos como cavalo indomáveis

Os que têm filhos, não ligam pra prole

Pois senão seriam mais amáveis

Mas são pedra áspera que ninguém engole

Ladrão é pra apanhar até morrer

Assassino é pra morrer de apanhar

Marginal é pra sofrer no couro o que faz

Se matou filho é pra ter filho morto

Eis malditar

Adoro ver sofrer quem fez outros sofrer

É o prazer de ser juiz e carrasco, no anoitecer

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 05/04/2020
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