Outro lado, mesma vida?

Vejam essas cercas, esses muros construídos

O sonho daquela gente é a árdua travessia

Com seus corpos magros e seus rostos doloridos

Fogem das trevas e buscam a luz do dia

Quando aqui chegam, logo acordam

A vida se revela, não é aquela prometida

Com a xenofobia não contavam

E com o racismo, sua identidade é omitida

Lutam ávidos contra a violência

Incorporam hábitos de uma nova cultura

Não atenuam esforços de sua resistência

Vingando-se em silêncio da cruel ruptura

Olhem para esses refugiados, esses retirantes...

Filhos da Terra, a esperança é uma nova nação

Logo adiante, veja mais um grupo de imigrantes

Pobres e tristes, não hesite em estender a mão!

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 17/04/2020
Reeditado em 30/10/2021
Código do texto: T6920064
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