Outro lado, mesma vida?
Vejam essas cercas, esses muros construídos
O sonho daquela gente é a árdua travessia
Com seus corpos magros e seus rostos doloridos
Fogem das trevas e buscam a luz do dia
Quando aqui chegam, logo acordam
A vida se revela, não é aquela prometida
Com a xenofobia não contavam
E com o racismo, sua identidade é omitida
Lutam ávidos contra a violência
Incorporam hábitos de uma nova cultura
Não atenuam esforços de sua resistência
Vingando-se em silêncio da cruel ruptura
Olhem para esses refugiados, esses retirantes...
Filhos da Terra, a esperança é uma nova nação
Logo adiante, veja mais um grupo de imigrantes
Pobres e tristes, não hesite em estender a mão!