EMPATIA E COMPAIXÃO

Sou muito desajeitada

Para lidar com ambiguidade.

“Não sei se gosto de carne ou peixe

De frio ou calor

Se vou ou fico”

Que diabo,

É preciso ser desenvolto e determinado

Senão não vamos a lado nenhum

A dúvida, a indecisão

Não nos deixa dar um passo.

Cuidado com pessoas ambíguas.

Nunca sabemos que dizer ou fazer.

Nunca sabemos

Qual a máscara que estão usando

Dada a disparidade das suas características.

Definitivamente

Não são pessoas de confiança!

Sentimentos de dor

Raiva e acomodação

Alojam-se no meu coração.

Sou desajeitada

Para lidar com pessoas superficiais

Com horizontes limitados.

Eu gosto é de quem se espraia

Em horizontes sem fim.

Gente que abraça, beija, ri

E pula sem motivo.

Gente que grita a verdade

Sem medo de rasgar o infinito.

Não gosto de gente cínica

Gente hipócrita e ambígua.

No fundo, tenho pena

Dessa gente má e mesquinha.

Sinto compaixão e empatia

Pela infelicidade do outro.

Através da compaixão

Tentamos aliviar o sofrimento de outrem.

Compaixão,

Sugere sofrimento infligido injustamente,

Pois se for justo,

Não há que ter compaixão.

Ter compaixão é sinal

Que ainda temos emoções humanitárias,

Embora a desumanidade

Avance a passos largos.

Ter compaixão é ser altruísta.

É esquecermo-nos de nós

Para socorrer o próximo.

Já são poucos

Aqueles que sofrem as dores dos outros

Como se fossem suas.

A humanidade

Carece de empatia e compaixão.

Abeira-se do precipício

E provavelmente da extinção.

A frieza, a malvadez

Com que perpetuamos atos de tortura,

A desumanidade,

O egocentrismo,

Levam-nos por esse caminho.

Empatia e compaixão

Dois ingredientes cruciais

Na edificação da paz.

Empatia e compaixão

Dois ingredientes essenciais

Na sua manutenção!

Maria Dulce Leitao Reis

©Direitos de autor reservados

16/05/2020

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 18/05/2020
Código do texto: T6950770
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