Não mando recado

Ei, você aí!... escancarado,

No canto do salão.

Não me aponte o dedo,

Não me falte, com respeito...

Só porque, não gosta

De minha prosa e, de meus versos.

Eu, falo sobre oque?...

Eu quero!..

Tô, no meu direito!...

Me respeite, como artista

E, como autor...

Se tu não gosta,

Também, está no seu direito!

A saída, é ali na frente,

Fique a vontade, para pegar o beco,

Com seus princípios, de direita...

Em minha mente, menina,

Reprisa, os velhos tempos, de menino,

Daquela beijo,

Que, roubei de ti,

No baile da escola...

Onde, tocamos sex pistols,

Camisa de Vênus,

Ramones, Inocentes

E, O Cólera...

Entre outros hits.

Que embalaram, os nossos anos 80

E, a juventude coca e cola,

Onde, os nossos sonhos,

Eram de mudar o mundo,

A Era do supremo plano, aprovar de erros...

Hoje, surge uma nova geração,

Com desdenho, desgosto

A falta de educação

E, a aversão,

Trazendo, o fim da ilusão...

Dizem, que este tempo,

Não é das liras

E, nem das belas poesias.

É o tempo da irá,

Onde a ignorância,

Tem como apelo, a covardia,

De achincalhar escondido,

Nas redes sociais,

Onde, a forma de mandar,

É através, do medo..

Coisa, que não respeito!

Então, travo contigo

Um duelo, de titãs...

Até varrer, tua censura,

Pra dentro, da tua ditadura,

Das profundezas, de onde, você saiu...

Pois, aqui no gueto,

Tuas leis, não são regras

E, tuas armas, não nos ameaçam...

Nos defenderemos,

Usando, a nossa educação...

Se preciso for,

Para defender as flores,

De seu coturno,

Paus e, pedras,

Faremos uso...

No mais,...

Usamos, a imaginação,

Como arma,

Para nos defender,

De suas ameaças...

A liberdade,

É o nosso tesouro,

Que, defenderemos, feito ouro...

Amigo!

Se posso, lhe chamar assim!

Sei que tu, se arma contra,

A democracia.

Seus argumentos,

São apenas, a ignorância,

Intolerância e, demagogia...

A ironia,

É que, com o poder,

Nas mãos, ... tu também,

Não sabe, oque fazer!...

Além, de pregar, a opressão,

Não consegue calar,

A nossa voz

E, o desdenho por ti, só cresce,

Como a falta, de empatia...

Não me aponte o dedo,

Daí, do fundo do salão!

Vem, me encare,

Me fite, nos olhos,

Pegue o microfone,

E, mande o seu verso!...

Tenha coragem,

E, para de falar

Pelos cantos!...

Não me aponte o dedo,

Do fundo do salão!

Tenha compostura,

Já que não tem, compaixão!...

Sou eu, este que te faz, o desafio!

Não falo de lado,

Vem cá, me fale, a verdade...

Pois, pela história, você será cobrado.

Eu, como ela, falo na lata,

Não mando, recado!...