Estadista


O desalento dispersa com a alegria
sufocando a esperança da nação.
Uma nação sofrida e desejosa
de mudar, criar, suplantar as deficiências.
A grande esperança sucumbe.
Foram dias, horas, momentos;
a expectativa foi dona da festa,
uma explosão de alegria que não aconteceu.
A esperança perdurou,
enquanto no leito, preso às máquinas,
o absoluto dono da festa
lutava, cortejava cada sopro de vida
que a própria vida lhe negava.
A festa feneceu.
O guerreiro descansou.
Mas mesmo assim, sua linha,
sua marca se transpõe à esperança
que pode e deve vigorar.
Há de ser a palavra de um momento melhor,
de dias alvissareiros sob a lacuna,
o vazio deixado,
mas nunca um vazio foi tão bem preenchido.
Sua imagem de estadista, arquiteto,
escultor de uma nova nação
estará sempre pairando no azul,
no coração de cada cidadão.
Descanse na paz de sua fé.
Durma suavemente no solo pátrio.
Descanse eternamente na esperança,
na fé do povo brasileiro;
Grande Velho Tancredo.