Covid para um café

O branco açúcar

Com que adoço meu café

Nesta manhã no Montese

De frente para o computador

Me faz lembrar você, Gullar.

Me faz indagar se por trás desta tela

Quantos hão de estar

A olhar

A receber remotas aulas

Da normalidade pandêmica.

Me faz pensar se há, em algum lar,

Adolescentes sonolentos ao celular,

Ansiosos por estudar

Mas sem uma borra sequer

De café para coar.

Glauco Bastos

Fortaleza, 29/07/2020