Delírio
Em um rompante de loucura,
como andarilho falando ao vento
ouvindo aquele que está em silêncio,
vendo a bela onda no deserto.
Sentindo o sentido do vazio,
distinguindo os diferentes homens
em meio de vários restos mortais,
sobras da igualdade dos delírios.
Ardente calor da compreensão,
da verdade que nunca será verdadeira
pois, a verdade é um simples delírio,
de homens que vêem, mas sem olhos.
Caminhada infindável para buscar,
não se sabe; são coisas esquecidas.
Ah! Este sol na cabeça… delírios…
Palavras que estão no vento…
O tempo que não permitiu te dizer,
certo ou errado… do que vale o amor?
Um labirinto sem fim… meu delírio…
Ilusão é a felicidade do pobre.
Vendo o oriente através da janela,
vejo flores de cores cinzas claras
me falam que são vermelhas claras,
mas que diferença, estou em delírio.
Melhor é que seja, o melhor de dois,
mas sabemos que sofrerá depois,
num delírio seu sorriso é aberto…
Num quarto de dormir sem janelas.
Caminhada infindável é este caminho,
agonia… desespero… medo… delírio!
Prisões me detém em mim mesmo,
se você for embora, quem será eu?
Sorriso de quem chora todo dia,
buscando sobreviver em meio a dor.
Mas ele não se ajoelhou para indignação,
elogios de um louco, prefiro meu delírio.
Delírios de delírios, a verdade não há,
poder-se-ia a carne humana ter valor?
Se tivesse a mais barata seria a negra,
e sangra… e sangra; como a carne branca.
Andante está o delirante a falar,
gesticula ao vento… parece louco,
suas palavras ao vento, apenas vão
em rumo ao nada, pois o tudo é delírio.
Douglas Stemback