Vidas negra

Estado genocida -

A cada dia pior.

A corda não arrebenta -

Ela corrói.

Qual é a cor da tua pele?

O crime que aparenta...

O tamanho da tua dor,

O sangue revele.

A alma dói -

Vidas perdidas,

Na ponta do fuzil.

Qual é a tua cor Brasil?

Marginalizados -

De uma sociedade vil.

Nenhuma pátria me pariu!

Descendentes de escravos -

Remanescente de um povo -

Não somos escandinavos -

Mas sim uma nação.

Na luta constante pela sobrevivência,

De políticos em suas demência.

Atordoados em desmandos,

O ser humano perdeu a compaixão

Onde o dinheiro vale mais,

Subjugando quem é capaz

Pela realidade cruel atropelados -

Carne negra no mercado.

Apenas mais um –

Em meio ao zum zum zum,

Quando tombado.

Apenas mais um número na estatística -

Outro a menos em uma família.

Apenas há regra sem exceção,

Um negro e sua execução -

Do governo a característica.

Seguimos na vigília -

Será que algum dia...

Acabará essa covardia,

Havendo a justiça sem distinção?

Que sejamos a luz no fim do túnel -

Para as próximas gerações,

Mudando este painel.

Algo precisa mudar!

Movimentando as engrenagens...

Motivando positivas reações -

Colorindo de esperança as imagens -

Com um novo ar.

Nem tudo se reflete no dinheiro,

É questão de caráter.

O mal precisamos combater,

Isso vale para o mundo inteiro.

Vidas negras -

Sem regras -

Em constante ameaça.

Sujeito -

Suspeito -

Qual é a graça?

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 11/08/2020
Reeditado em 11/08/2020
Código do texto: T7032118
Classificação de conteúdo: seguro
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