CAMINHANDO PARA ONDE?
Hoje eu não tenho mais tempo para Filosofia
Resta-me contemplar, com inconformismo, a máquina egoísta
Que move o mundo
Todos querem seu quinhão, seu pedacinho
Tomam de lá, chutam de cá
As sobras
Saqueadores empunhando a bandeira da cobiça
Cada qual quer seu quinhão
Injuriam, enganam, seduzem...
Enterram a política como meio de transformação
E a fazem ser um simples método de matar a esperança
Promover a confusão, plantar a desilusão
Multiplicar a injustiça
Subtrair o pão, a dignidade, a profissão
A cada dois anos, uma nova procissão
Caminhando para onde?