Alguém
Na calçada fria,
Exígüo corpo senil espoja,
Insignificante, ninguém olha.
E na convulsão do itinerário,
Desfilam gigantes imponentes,
corações dementes.
Do Alvorecer à aurora.
Na alvura dos seus cabelos,
Em cada ruga do rosto:
Esboço do desgosto
De mãe
De fome
Da solidão.
...
E na inane cadência das horas
A velha desola
Por lhe negarem migalhas de caridade,
E se reduz a uma lágrima que não cai.
(Achei esse texto hoje em minhas anotações. Escrevi quando estava com 17 anos - e já se vão alguns anos...)
Visite o blog "CRÔNICAS DO JOEL - Contos e crônicas" no endereço http://cronicasdojoel.blogspot.com (ou busque no google por "crônicas do Joel")